quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Bom dia a todos, minha meta sera todos os dias postar novidades, sobre TI, como estudos, vagas no mercado de trabalho, materiais para estudos em certificações e entre outros.


SEGUIR NA CARREIRA TÉCNICA OU MIGRAR PARA GESTÃO?


Bom, essa pergunta é inevitável a todos nós da área de Exatas. Eu já me perguntei isso, conheço outros profissionais que também fizeram essa pergunta, e acho que sempre haverá alguém passando por esse questionamento, em algum momento de sua carreira.
Normalmente, depois dos dez anos de carreira, começamos a nos questionar sobre qual rumo seguir no futuro. E, sinceramente, acho que todos deveriam pensar muito bem antes de escolher um caminho. Se você está com muitas questões, já conversou com seus amigos, pesquisou, e, mesmo assim, continua mergulhado em uma piscina de dúvidas, sugiro fortemente o trabalho de um coaching executivo.
Imagem via Shutterstock

O maior problema que vejo no mercado é que as pessoas confundem o papel de gestão no âmbito administrativo com o da gestão técnica. São áreas distintas, onde as competências e habilidades necessárias são bem diferentes. O profissional técnico, que possui mais de dez anos de experiência, considerado um nível Sênior na sua área, pode optar por seguir uma vertente de liderança dentro do seu segmento técnico, por exemplo, um Desenvolvedor de software pode se tornar um líder técnico, onde coordenará os demais desenvolvedores, apoiará o Arquiteto e o Gerente do Projeto na tomada de decisões técnicas sobre o projeto. Com isso, ele continua no caminho que ele conhece (e aparentemente gosta) ampliando suas responsabilidades liderando outros técnicos. Entretanto, ele não precisará se envolver em questões como controlar os custos do projeto, elaborar proposta comercial, avaliar fornecedores, contratos e nem lidar com à área executiva da sua empresa dentre outras responsabilidades.
Ao passo que, seguir para o rumo de gerência, no âmbito administrativo, acarretará em desenvolver/aprimorar habilidades como comunicação, resolução de conflitos, técnicas de motivação, controle de custos, aquisições, recursos humanos e deverá lidar com as exigências da área executiva da sua empresa, da empresa do cliente, com os usuários, com a sua equipe técnica, com fornecedores e tantas outras partes interessadas no projeto.
Fora isso, o que considero o maior diferencial entre elas: ele deverá trocar sua perspectiva de “quem executa” para “quem motiva os outros a executarem”. E, sinceramente, se despir da persona de executor não é algo simples. É preciso desejar, se engajar e gostar, de verdade, em se reinventar em ser o responsável por orquestrar a execução do trabalho.
comparison_crop380wConheço uma profissional excelente, com mais de vinte anos de experiência, na área de Engenharia de Requisitos que se fez essa pergunta e optou por continuar na área técnica, justamente, por não querer/gostar de ser quem impulsiona os demais a executarem e de ter que lidar com pressões de esferas acima que trariam muito desgaste emocional a ela. Hoje, ela continua atuando na sua área técnica, supervisionando outros analistas, mantendo suas competências técnicas e sem precisar se reinventar em algo que não lhe faria feliz.
Por outro lado, também conheço excelentes desenvolvedores, que após aceitarem a posição de gerente de projetos foram um fracasso. Mantiveram as suas habilidades técnicas e não conseguiram se comunicar com todas as partes interessadas do projeto, sofreram com as pressões da área executiva e acabaram levando ao insucesso seus projetos.
Mediante essa minha experiência, por ser uma profissional com origem técnica, alguém que naturalmente migrou para à área de gestão, pelo fato de gostar disto, posso dizer que sou contrária a essa máxima: “Todo bom técnico será um bom gerente.” – mentira! As pessoas se deixam influenciar por um falso glamour em se intitular como “Gerente” e acabam fracassando. E o que é ainda pior: fracassa com todos que estão sob sua gestão e fracassam o projeto.
Se você realmente se vê como gerente e deseja mudar de área, estude. Procure apoiar seu gestor atuando como um assistente de projetos, busque se envolver em problemas fora do seu mundo técnico, observe como seu gerente soluciona os problemas, como e com quem ele se comunica, faça um coaching executivo. E, se após tudo isso, nascer em você a certeza que é esse o caminho que deseja seguir. Vá em frente!
Caso contrário, busque perpetuar seu conhecimento, sua experiência como um líder técnico. Ou talvez possa atuar na área comercial, onde você poderá atuar dando apoio nas vendas dos produtos, na análise das propostas, na elaboração dos contratos e outras atividades. Só lembre-se de não desperdiçar seu talento, conhecimento e suas competências naquilo que, talvez, possa lhe trazer um retorno financeiro maior, porém, tirará sua satisfação pessoal e profissional. E, não há dinheiro no mundo que pague o preço de sermos infelizes na nossa profissão.
Pense nisso. Boa Sorte!

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