quarta-feira, 4 de março de 2015

COMO SE DESTACAR EM ENTREVISTAS E DINÂMICAS DE EMPREGO!


No artigo anterior “Um bom Currículo faz toda a diferença!” foram apresentadas, de forma simples e objetiva, algumas dicas de estruturação de um currículo com foco para quem está iniciando ou buscando recolocação na área de TI.
Neste artigo, o objetivo é apresentar dicas e situações que possam ajudar o candidato a destacar-se nas entrevistas e dinâmicas quando o seu Curriculum Vitae (CV) for selecionado para a vaga.
O primeiro passo, conforme já informado no artigo anterior, é buscar informações sobre a empresa que está recrutando, ou seja, estude o website da empresa, missão, valores, objetivos, nome do presidente e diretores, entre outras informações que irão dar embasamento e apoio nas entrevistas. Conhecer a empresa ou, pelo menos, estudá-la antes irá fazer toda a diferença no momento da contratação.
Imagem via Shutterstock
Imagem via Shutterstock
O segundo passo é se preparar para as dinâmicas e entrevistas pessoais com os recrutadores. Normalmente, a empresa faz uma triagem dos currículos, seleciona alguns candidatos para uma dinâmica em grupo e aplica testes psicológicos e comportamentais. Os candidatos que forem aprovados serão encaminhados para a parte final da contratação: a entrevista com o gestor da área.
A seguir, algumas dicas para se destacar na dinâmica em grupo:
  • O mais importante é mostrar interesse pela vaga. Preste muita atenção quando o recrutador e outros colegas estiverem falando, isso demonstra respeito e interesse pelo assunto.
  • Seja você mesmo, natural. Os recrutadores conseguem avaliar, através dos comportamentos, se os candidatos estão “maquiando” ou forçando alguma situação para se destacar.
  • Demostre proatividade, este é um dos fatores mais importantes para qualquer vaga na atualidade. Busque iniciar ou participar das perguntas e respostas, solicite informações, demonstre o interesse necessário (porém, com um certo limite para não se expor demais).
Já se foi o tempo que o profissional era contratado somente para fazer uma determinada tarefa. Os sistemas evoluem, os processos são automatizados, novas demandas surgem, novas obrigações fiscais aparecem, e o resultado destas constantes mudanças se refletem no dia a dia dos profissionais. Sem a proatividade, vontade de evoluir, buscar conhecimento, sair da zona de conforto, o profissional será facilmente substituído.
  • Seja verdadeiro nas respostas, porém, analise as perguntas antes de responder. Verifique a melhor abordagem para aquela pergunta. Nas dinâmicas, não existem respostas certas ou erradas, tudo é questão de interpretação, portanto, seja inteligente para não dar uma resposta trivial ou que não agregue algo.
  • É comum nas dinâmicas e entrevistas o candidato estar nervoso, ansioso e até com um certo medo das perguntas ou situações que irá passar, porém, lembre-se que todos estão ali com o mesmo objetivo e condições que você.
Mantenha-se sempre calmo, controle a respiração e principalmente o tom da sua voz. Falar muito alto, muito baixo ou muito rápido pode demonstrar um baixo nível de maturidade ou insegurança. Este ponto também vale para os gestos com as mãos e os pés, bem como ficar se movimentando na cadeira a todo instante.
  • Não siga as mesmas respostas dos outros candidatos. É comum observar que quando o primeiro candidato apresenta uma resposta, os outros seguem na mesma linha.
Para se destacar no mercado de trabalho, o candidato não pode somente fazer a mesma coisa que os outros ou responder as perguntas com as mesmas respostas. Busque uma alternativa, pense de uma outra maneira (fora da caixa) para a pergunta e, automaticamente, irá ter uma outra resposta. Caso não tenha entendido a pergunta ou situação, peça para o recrutador repetir (isso não tem problema algum).
A seguir serão apresentadas algumas situações no momento da Entrevista com o Gestor da área.
  • Parabéns, você está quase contratado. Só depende de você.
Quando o candidato é selecionado para entrevista com o gestor, isso sugere que ele possui o CV e comportamentos apropriados para a vaga, porém, ainda depende de uma aprovação do gestor. O mesmo precisa conhecer os candidatos, avaliar mais tecnicamente e através do feeling, qual se enquadra mais no perfil solicitado.
  • Neste momento, procure ouvir mais e falar menos. Preste muita atenção no gestor e nas situações expostas. Responda com firmeza e clareza todas as perguntas, sejam pessoais ou profissionais.
É normal o gestor realizar algumas perguntas que você não tenha conhecimento ou nunca tenha atuado profissionalmente. Neste momento, mantenha a tranquilidade e informe que você ainda não teve a oportunidade de trabalhar com aquela situação, mas é um dos seus objetivos profissionais e que irá estudar e solicitar apoio para conseguir atender a esta necessidade. (O candidato que responder somente que não conhece aquela situação e ponto não irá agregar em nada e, automaticamente, apresentará uma falta de proatividade e iniciativa).
  • Cuidado com as pegadinhas. Pode ocorrer em entrevistas, de o gestor realizar alguma afirmação errada, justamente para verificar se o candidato está alinhado com a conversa e se possui senso crítico para as respostas.
Temos o habito de sempre concordar com alguém que está em nível superior de conhecimento na área ou possui mais experiência que nós. Neste momento, as pegadinhas irão ajudar o gestor a detectar se o candidato possui um diferencial. O gestor pode realizar perguntas do tipo: Tive um problema no meu Windows Server 2010, você já trabalhou com ele? Ou, você pretende tirar a certificação “XPTO” (itens que não existem)? Se o candidato não estiver 100% atento irá concordar com todas as afirmações ou responder que é um dos objetivos dele tirar aquela certificação. Cuidado!
  • Procure iniciativa e pergunte ao gestor como é o dia a dia para aquela vaga, quais são as características e habilidades que o candidato deve possuir. Pergunte, se tiver oportunidade, quais são os novos projetos para a área de TI, quais sistemas a empresa utiliza, entre outras perguntas que podem ser relevantes para aquela vaga.
Neste momento da entrevista, o candidato também precisa saber se é exatamente esta vaga que ele está buscando. Com o decorrer da conversa, se o candidato verificar que não era aquilo que ele imaginava ou a oportunidade não chamou mais a sua atenção, seja 100% transparente e informe ao gestor que você estava com outra visão sobre a vaga e, para aquele momento da sua vida, a vaga não seria interessante.
Quando o candidato está participando de uma entrevista para uma nova oportunidade, ele precisa demonstrar 100% de interesse, porém, não pode continuar no processo seletivo se aquela vaga não está condizente com as suas expectativas. A transparência é um sinal de respeito pela empresa e pelo recrutador que irá dar credibilidade, mesmo quando o candidato resolver sair do processo seletivo.
Por fim, quando a entrevista acabar e, caso o candidato tenha se identificado 100% com a vaga, demonstre mais uma vez o total interesse e disponibilidade para o gestor entrar em contato, tirar novas dúvidas, entre outros. Informe que se for necessárias novas entrevistas, você estará à disposição!
Para finalizar este artigo, espero que estas dicas contribuam com os candidatos que estão participando ou irão participar de novas oportunidades de trabalho.
Fiquem a vontade para comentar, compartilhar e complementar as informações que constam neste artigo.
Boa sorte a todos!

terça-feira, 3 de março de 2015

A IMPORTÂNCIA DO INGLÊS NA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO


Todos já ouvimos aquela velha frase que diz “A tecnologia da informação é uma área que exige bastante flexibilidade de um profissional”, certo? Certo! Mas um comentário de um colega me fez repensar se os profissionais de TI em geral entendem o que significa a tal flexibilidade.
Certo dia eu estava em um congresso sobre Big Data em Recife e um colega comentou comigo que se sentia chateado por querertirar uma certificação em desenvolvimento, mas que infelizmente somente uma pequena parte do conteúdo disponível na internet estava em português e a prova só seria disponibilizada em inglês pela Microsoft. Isso mesmo, um profissional de TI, em uma palestra sobre Big Data, estava me confessando que não tinha segurança para ler em inglês e que não estava incomodado com isso, ele estava chateado com a Microsoft por não disponibilizar a prova na confortável e fluente língua nativa dele.
Imagem via Shutterstock
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Isso me fez refletir sobre o assunto e me motivou a criar este artigo. Qual seria o real motivo da irritação deste profissional de TI? Seria pelo simples fato de não existir conteúdo de qualidade disponível em sua confortável língua nativa? Onde será que este profissional pretende chegar na sua carreira? Será que ele não está sozinho? Seria ele uma bizarra exceção? Será que existem mais pessoas achando que a tecnologia da informação precisa ser multilíngua?
Bom, todos nós sabemos que um bom profissional de TI precisa ter como base de sua estrutura intelectual a “fome de conhecimento”, pois a curva de aprendizagem nesta área exige que sejamos totalmente atualizados. E digo mais, o mercado exige que sejamos “dominadores das mais novas tecnologias, pois, apesar de não ser verdade, o termo tecnologia ainda está bastante ligado ao que é novo e ao que é novidade!”. 
Aí você me pergunta: “Júlio, mas o que o inglês tem a ver com fome de conhecimento e o que tem a ver com a TI?”
Analisando em um contexto geral, o inglês é a língua dominante no mundo dos negócios e da tão falada “Globalização”, sendo assim, nunca houveram motivos para que não se estimulasse a adoção global desta língua, principalmente na área da tecnologia, onde o inglês sempre foi e sempre será a linguagem padrão – inclusive como base fundamental nas instruções das próprias linguagens de Programação. Não é de se espantar também que as principais fontes de conhecimentos como Livros, Cursos, Webinars e etc… estejam em sua maioria “in English”, o que responde a questão. Para “matar” a fome de conhecimento e ser portador dominante das novidades tecnologias, é necessário nutrir-se de informação e para nutrir-se de informação é necessário beber da fonte.
Mas ter conhecimento em inglês e beber da fonte de informações ainda não fará de você um profissional de TI diferenciado, isso apenas fará de você um simples profissional de TI. 
Não adianta procurar argumentos patrióticos ou até mesmo econômicos para não defender a “multilinguagem” na difusão do conhecimento da tecnologia mundial. Não é por que o inglês domina o mundo dos negócios que o Japão, a India e a China deixaram de ser bem sucedidos em seus negócios internacionais. Nestes países, apenas desenvolveu-se uma cultura bilingual em que a educação da língua inglesa compõe a base dos estudos das crianças, que em seus futuros tornam-se homens e mulheres mais globalmente socializados.
Trazendo para a realidade do nosso “Brazil” – isso mesmo, acostume-se a ler com Z –percebemos uma total falta de investimento do governo na educação da língua inglesa nas escolas públicas de ensino fundamental. Até mesmo em escolas particulares o nível de inglês ensinado não passa de vocabulários pobres e de conjugações verbais em todos os tempos do bom e velho verbo “TO BE” até a ultima série do ensino médio e mais alguns fundamentos básicos cobrados em alguns vestibulares.
No Brasil, para compensar a falta desta base fundamental, o profissional de TI – assim como qualquer outro profissional – deve investir em cursos específicos para atingir uma fluência aceitável.
Aí você pode me perguntar: “Júlio, e se eu não tiver dinheiro para isso?” Ok, meu jovem! ISSO NÃO É DESCULPA!!! 
O mercado já oferece diversos programas gratuitos on-line de treinamento em inglês e inclusive ferramentas para a prática de conversação com outras pessoas ao redor do mundo, tal como o www.LiveMocha.com, que é uma espetacular ferramenta ao qual estou aprendendo o francês. Também temos inúmeros aplicativos para Android e iOS, tal como o excelente app chamado HelloTalk e EnglishTalk, que são espécies de redes sociais que unem pessoas com fluência em outras línguas e que pretendem aprender Português – o que considero o perfeito retrato da globalização, você não só se sente bem aprendendo e praticando inglês de graça com um nativo, como se sente útil ensinando Português para um gringo(a).
Em resumo, diante do cenário e dos argumentos apresentados a você neste artigo em função da reflexão do comentário de um colega, chego a seguinte conclusão: Se você é um profissional de TI, aprenda Inglês antes de reclamar que o material e provas de certificações são, em sua maioria, em Inglês. Como o próprio nome diz, a certificação precisa CERTIFICAR que você é um profissional qualificado e para isso você deve SIM dominar o inglês para aproveitar todas as oportunidades que o MUNDO tem para oferecer.